sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Chegada em Paranã - TO

No quarto dia de remada ao meio do dia, após 187 kms de corredeiras em águas brancas e esticões de perder de vista, aportávamos nossas frágeis embarcações no flutuante “Batomouche” que se ancora nas margens da cidade de Paranã-TO. A remada foi difícil e cheia de surpresas. Estávamos preparados e sabíamos que este trecho seria um dos mais encachoeirados. Desceríamos o planalto central rumo ao norte, nos braços do Paranã, “igual ao mar” em língua indígena. Porém isto não evitou que logo no primeiro dia, ainda empolgados com a largada da expedição, em uma das primeiras corredeiras, acertácesmo nossa proa em cheio  em uma enorme pedra que surgiu praticamente do nada na frente do caiaque. Resultado: primeira avaria bem na proa, no caíque do Emerson e do Dedé, água  alagando todo espaço estanque frontal. Ainda dava pra remar e seguimos em frente, outra cachoeira. Emerson e Dedé comem mosca mais uma vez e mais uma rachadura agora no cockpit do piloto. Flor e Cardes enquanto isso deslizavam como peixes pelo grande rio. Na primeira noite fizemos os reparos e seguimos viagem, foram bem mais de dez corredeiras. E como optamos por embarcações mais apropriadas para grandes travessias e poucas pedras, tivemos de redobrar a atenção, seguimos então nos dias seguintes sem grandes contratempos, uma vez que fomos pegando o jeito aos poucos. Flor e Cardes tamparam a beber á água pesada do Paranã, o que junto com o poderoso sol que incíde mais forte nestas parte do planeta, fez com que no úlitmo dia os dois remassem 40 kms sob a pressão de calafrios e dores de estômago. Um dia de descanço aqui em Paranã e já estávamos todos de volta ao trabalho e prontos para o próximo esticão, Paranã – Peixe, pelo enorme lago da primeira hidrelétrica que teremos de atravessar.















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