segunda-feira, 30 de maio de 2011

A partida do Peixe

Trecho da remada de Peixe TO - Ipueira TO

A despedida do Peixe foi até agora uma das mais bonitas e singelas. Nossa estadia por lá foi surpreendente e assim como a despedida também tivemos uma recepção calorosa. O povo desta cidade deixou toda a equipe com uma grande vontade de retornar o mais breve para mostrar – mos os resultados de nosso trabalho. Ficamos por lá três dias, tendo o acompanhamento constante da super eficiente secretária de Turismo Isabel e toda e equipe da prefeita..... que ali nos acolheu com muito carinho e tudo fizeram para nos mostrar  Peixe do jeito que ele é: bonito e com pessoas maravilhosas.
               
A cidade está localizada a cerca de 20 Kms após a barragem da primeira represa que atravessamos e  em suas margens, o Tocantins volta a correr vivo e exuberante. ”Cavalo bom é aquele que cerca o boi na hora”, me disse ainda em Cavalcante a sábia Florisbela do Cipó. E  Peixe mostrou que não deixa nenhum boi se desvencilhar da boiada. Tivemos ótimas refeições da Chef Rosa, comandante do restaurante “Rosa de Fogo” que nos mostrou de quantos sabores é feita a culinária tocantinense. Peixe é uma pequena cidade com origens no século XIX e nos tempos áureos da rota comercial do Tocantins, era ponto de partida de muitos batelões que atrevassavam o centro norte do país. A memória ali é muito viva e tivemos ótimos depoimentos do Sr. José Pimentel, Sr. Abelino, Dona Tete, Dona Deuzinha, e do seresteiro Gomar. Todos se lembravam dos tempos em que o Coronel Bena Queiroz comandava suas embarcações rumo ao Belém do Pará. “Seu Bena” foi o último grande comerciante da região e seus barcos já nos tempos do motor a diesel ainda operaram até meados do século XX.
Em nossa última noite em Peixe fomos agraciados com uma bela seresta, revivendo antigas canções deste sertão. No dia seguinte, quando preparávamos nossas embarcações, a mais bela surpresa, Arnaldo, historiador local e nosso cicerone, e Isa, nos presentearam com uma bandeira do Divino Espírito Santo para nos proteger em nossa travessia. A emoção foi grande: os antigos navegantes da Rota do Sal, só embarcavam em suas cidades de origem após a bandeira do Divino estar devidamente instalada em seus batelões. Partimos sentido que também para aquelas pessoas revivíamos em sua devida proporção aquele momento e nos aproximamos ainda mais desta bela história brasileira. 

Emerson

Dedé


Flor

Cardês

Bandeira do Divino no caiaque.

Suporte do barco de apoio da Naturantins.

Suporte do barco de apoio da Naturantins.

Trecho da remada de Peixe TO - Ipueira TO

Trecho da remada de Peixe TO - Ipueira TO

Trecho da remada de Peixe TO - Ipueira TO

Trecho da remada de Peixe TO - Ipueira TO

Sd Ronaldo e Sg Lourenço


Acampamento


Acampamento



Arraia. Nossa maior preocupação na hora de descer dos barcos.

O ferrão que fura a pele quando se sente ameaçada.


Essa ainda é filhote.





quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Tamo"no Peixe – TO – Vencida a primeira represa


A expedição Rota do Sal – Kalunga chegou hoje ao Município de Peixe - TO. Saímos da cidade de Paranã e no primeiro dia já acampamos no que seria a barra do rio Maranhão com o rio Paranã, historicamente o local onde começa o rio Tocantins, ponto irreconhecível devido ao represamento de suas águas. Vencemos nossa primeira represa. 86 kms atravessando o enorme espelho de água formado pelo o represamento da primeira hidrelétrica, das 4 que iremos atravessar, e que atualmente espalham suas águas por toda extensão do grande rio. Esgueiramos nossas embarcações por entre galhos de árvores secas, que a perder de vista formam verdadeiros “desertos molhados” a se decompor lentamente nas águas do velho Tocantins.  Em uma remada constante e certeira cumprimos o esticão com um dia de antecedência. Ontem fomos recebidos no pesque e solte Rancho do Kojak, a primeira pousada de pesca do estado do Tocantins. Ao lado oposto podíamos observa ao longe as luzes da Usina de Ener-Peixe. No rancho Kojak, fomos recebidos de braços abertos por todo o pessoal e ali pudemos montar nossas barraquinhas fazer um delicioso jantar oferecido pela direção e descansar nossos corpos cansados.


Nossos apoio do Corpo de Bombeiros do Tocantins, Soldado Silva Neto, Sargento Lourenço e Soldado Ronaldo.


Remada Parana TO - Peixe TO.

Barco de Apoio da Naturantins

Fazendo uma cobertura para proteger do sol


Carlito, fiscal e barqueiro da Naturntins, Ton e Gabi.


Gabi preparando o jantar.

Nosso acampamento no encontro dos rios Paranã e Maranhão, passando a se chamar Tocantins




Usina Hidroelectrica de Peixe.

Buracos feitos nas corredeiras da primeira remada. Vao de Almas GO - Parana TO


Sargento Lourenço




Emerson no bivaque
Nossa recepção em Peixe

Manuel Pereira Neto, chegou em peixe em 1966 e em 1973 trabalhou na construção da estrada Belém - Brasília.

Rosa, fazendo o Sirigado, comida tipica de Peixe

Casa de Bena Queiroz, comerciante e dono dos bateloes que buscavam mercadorias e o sal  Belem do Para.

Arnaldo contando as historias de Peixe.
Dona Tete. Fugiu a pé de Dianopolis GO,  do conflito entre familias e chegou em  Peixe, após 1 mês de viagem.

Entrevista com Dona Tête


Praca Levy de Queiroz

Flor fotografando


Seresta na Praça da cidade de Peixe

Seresta na Praça da cidade de Peixe

Seresta na Praça da cidade de Peixe

Goiamar, seresteiro e compositor de Peixe TO

Partida de Peixe com a bandeira do Divino