sexta-feira, 17 de junho de 2011

Miracema TO – Antiga e pacata Miracema do Norte.Terra onde Arlindo Orlando deixou a Mariposa Apaixonada de Guadalupe. Capital provisória por um ano do novo estado de Tocantins.


Deixamos Palmas em festas. A expedição começa a tomar fôlego, é real a possibilidade de completarmos com êxito. Navegar é preciso. Faltavam os últimos lagos da segunda represa das quatro que temos em nossa rota , para em breve termos com o rio novamente. Navegamos alguns quilômetros e paramos para assistir pelo celular do Cardes, no meio do lago, a reportagem no jornal da globo local.
Remamos mais alguns kms por entre banzeiros e atravessando lagos, encontramos uma praia, formada por uma ilha, ligada ao continente por enorme tronco de buriti atravessado. Hotel cinco estrelas, emoldurado ainda pele serra do Lajeado em forma de mesa. Nosso acampamento também tinha mesa, banco, fogão até mesmo luz elétrica, afinal era os fundos de uma casa de condomínio e excelente ponto de pesca. Fomos recebidos por alguns nativos, removidos no alagamento e que agora se tornaram caseiros de condomínios de finais de semana.  No dia seguinte, um tremendo vendaval nos despertou de nossas redes e barracas. De longe podíamos observar ondas enormes atravessando os “lagos”.
Atrasamos nossa saída por cerca de algumas horas. Haviam nos dito que após meio dia este vendaval e conseqüente banzeiro diminuiriam. Flor e Ton, partiram na frente pegaram para a esquerda atravessando  pegando para esquerda também encarando um banzeiro, sem risco mas que torna bem mais pesada a remada. Os caiaques acabaram desprendendo-se um do outro e em disparada passamos o porto de resgate no bar do Caboclo. O barco da Naturantins acabou não conseguindo acompanhar os caíques e ancoramos em um quiosque tipo deck que se estendia até o meio do lago a 4 quilômetros do Lajeado
Na hora e na data marcada novamente tivemos um encontro com o rio. Hoje foi o dia de passarmos pelo temível funil, local de beleza singular, histórica e que ao longo destes séculos carrega muitas mortes. Um trecho, a poucos metros da barragem onde o rio começa a voltar a ser rio. Mostrando suas pedras lajeadas que deram origem ao nome daquele lugar e daquele município. Ali logo após o fim de seu represamento ele se divide em dois braços e se fecha como funil, ladeados por paredes de pedra. Ao meio uma enorme ilha também de  pedra. O Rio se estreita cada vez mais, algumas batedeiras por sobre as quais as embarcações teêm somente um estreito caminho para atravessar. Passamos, em seguida o remanso, segue – se por mais alguns metros ladeados por paredes de pedra e muitas praias. O rio estava de novo em seu leito natural. Mais alguns quilômetros com ajuda da correnteza e aportávamos em Miracema do TO.










































Um comentário:

  1. Pessoal, está demais.
    Não é à toa que este País é cobiçado.
    Quanta maravilha.
    Cumprimentos aos valorosos bombeiros na Rota.
    Anônimo

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